Ontem à noite estava conversando com um amigo e dizendo que eu pensei que, por estar de férias, escreveria mais aqui... Doce engano. Parece que estas férias estão sendo mesmo para trabalhar naquilo que não tenho tempo normalmente e, claro, descansar. Mas, já tomei coragem, vamos lá.

Hoje trago mais algumas informações interessantes (pra quem?! rs) sobre o Egito.

- A pirâmide de Dahshur (pirâmide inclinada)


A pirâmide de Dahshur foi construída pelo faraó Snefru e o que mais chama a atenção nela é a mudança de sua inclinação. Se não me engano, o ângulo utilizado da base até próximo de sua altura média é de 54°. Bom, mas essas informações são facilmente encontradas na internet (wikipédia, por exemplo). Quero mostrar outra coisa, aqui.

As pirâmides - pelo menos boa parte delas - tinham um revestimento externo que foi sendo deteriorado pelo tempo e também catástrofes ambientais (terremotos). Dizem que muito desses revestimentos também foi utilizado por moradores próximos para reconstrução de suas casas após tais catástrofes.

O legal na pirâmide de Dahshur é que ainda resta boa parte desse revestimento. Portanto, é possível ver a exatidão das construções e também imaginar como esses magníficos monumentos eram quando das suas construções.

Seguem algumas fotos:


A foto acima mostra boa parte do revestimento que comentei antes. Percebe-se claramente como a pirâmide era lisa por fora. Um polimento impressionante. E, só para se ter uma ideia do tamanho do monumento, reparem na parte inferior da pirâmide em que o revestimento desmoronou. Na foto abaixo, eu apareço em frente a essa parte (que não coube inteira na foto):


Do lado oposto ao das duas fotos acima, existe uma espécie de passagem ou porta, não sei bem dizer. Segue a foto:


Imaginem-se ao lado dessa construção. Que tamanho vocês acham q teriam em relação a ela? Está certo que minha irmã não é lá essas coisas no quesito altura (rs), mas vejam como ela ficou na foto abaixo:


Atrás dessa construção acima, existe um pouco do revestimento de pedras bem na base da pirâmide. Reparem bem no encaixe das pedras na foto abaixo. Não passa uma lâmina de barbear entre uma e outra. É de deixar qualquer construtor dos dias atuais de queixo caído!


E por último, quero mostrar a foto abaixo. Nela é possível ver o alinhamento do revestimento da pirâmide. É realmente de impressionar:

Essa foto está em tamanho maior que as outras. Clique para ver.

Muito legal não é? E o que, no Egito, não é legal? rs

No dia quando visitei a pirâmide de Dahshur, eu estava usando três blusas (uma delas bem grossa), cachecol e luvas. No meio do deserto. Às 2 horas da tarde. Algumas pessoas não sabem, mas o deserto é frio no inverno. E como venta!

Bom, é isso por hoje! Continuo aguardando os comentários (são taaaantos que até me perco...rs). Logo postarei a indicação desta semana.

Um abraço,

LL.

Vamos à indicação dessa semana, um pouco atrasada por conta das minhas merecidas férias!

Discos ao vivo são sempre uma polêmica danada. Alguns gostam de ouvir o artista ao natural (pelo menos os artistas antigos eram assim: ao vivo, de verdade) e a recepção do público, enquanto outros não gostam de ouvir pela enésima vez as mesmas músicas ou dizem que os arranjos e timbres do estúdio são melhores.

O meu caso é dos que analisam o disco ao vivo. Existem muitos exemplares ótimos e outros que mereciam existir somente em bootleg (e olhe lá).

Falei sobre discos ao vivo porque a é o caso da indicação desta semana. Eu poderia resumir apenas em: Tom, ao vivo. Para muitos, bastaria. Mas como escrevo também para aqueles que não o conhecem, vamos lá:

Ao vivo em Minas: Piano e Voz eu achei "sem querer". Fui numa loja que não costumava ir e não procurava nada. Só queria dar uma olhada. Vi, comprei e já vim ouvindo no carro.

Com o perdão da redundância, o disco só tem clássicos (o que já faz com que valha a pena adquirir). Mas, o legal é poder ouvir o Tom sozinho. Suas melodias, voz e piano. Sem orquestra, sem artistas convidados.

Como todos os artistas da geração do Tom, as músicas sempre tem uma história por trás e as histórias são sempre contadas nesses shows "mais íntimos". Posso dizer então, que é uma ótima oportunidade de conhecer essas histórias, além de conhecer os clássicos da bossa nova, para quem não os conhece.

Seguem as músicas do disco:

1 - Desafinado
2 - Samba de uma nota só
3 - Por causa de você
4 - Estrada do sol
5 - Se todos fossem iguais a você
6 - Água de beber
7 - Eu não existo sem você
8 - Eu sei que vou te amar
9 - Modinha
10 - Chega de saudade
11 - Dindi
12 - Eu preciso de você
13 - Retrato em branco e preto
14 - Corcovado
15 - Lígia
16 - Falando de amor
17 - Águas de março
18 - Garota de Ipanema

Recomendadíssimo!

Um abraço,

LL.

Para quem não conhece, o Portal Domínio Público do Governo Federal (www.dominiopublico.gov.br) oferece diversas obras de som, imagem, texto e vídeo de graça. Ótima iniciativa para coleta, integração e compartilhamento de conhecimentos.

Vale a pena acessar e dar uma bisbilhotada!

Para quem viu a última indicação e se interessou, segue o link para baixar A Divina Comédia na íntegra, em português e na forma de poema (para quem não tiver a devida paciência para ler nessa forma, vale dar uma olhada na construção dos tercetos de Dante). AQUI.

Um abraço,

LL.

A indicação desta semana é mais uma vez para leitura.

A Divina Comédia é um clássico da literatura mundial escrito por Dante Alighieri.

Originalmente escrito como poema, essa edição que coloco aqui foi adaptada para prosa, com muitas notas do editor (que ajudam bastante a leitura).

O livro fala da jornada de Dante pelo Inferno, Purgatório (guiado por Virgílio - sim, o de Eneida) e Paraíso (guiado por Beatriz).

O poema original é baseado no simbolismo do número 3. Possui 3 personagens (Dante simbolizando o homem, Beatriz a fé e Virgílio a razão). Os 3 livros (Inferno, Purgatório e Paraíso) possuem 33 cantos cada (sendo que o Inferno possui um canto a mais, como introdução). Total de 100 cantos e 14.233 versos.

A idéia aqui é indicar o livro e não contar sua história, certo? Então, em resumo, Dante viaja através do Inferno, Purgatório e Paraíso, vendo como cada lugar é, quem os habita e porquê.

As imagens criadas são fortes e dão a nítida sensação de que você o acompanha pela jornada. São utilizados muitos conceitos filosóficos e mitológicos (para quem gosta, um prato cheio!)

Recomendadíssimo!!!

Um abraço,

LL.

Este post é mais um sobre o Egito, mais especificamente sobre o templo de Amenhotep II.

Na verdade, nem tenho tanto para falar sobre o templo, mas queria colocar aqui uma foto (que não vai realmente conseguir mostrar como é ao vivo, mas pode dar uma certa idéia).

O templo de Amenhotep II fica no complexo da Esfinge e é um templo pequeno. Não dá pra dizer que está super conservado, mas é ainda é possível ver boa parte das inscrições nas paredes.

Mas o que é mais legal nesse templo é uma parede, no fundo do templo. Na parede existe uma porta e quando você se alinha perpendicularmente a ela, ela parece se transformar numa moldura. Moldura de um quadro muito bonito. A "tela" é a Grande Pirâmide de Queóps. Deem uma olhada abaixo (ou cliquem para ver em tamanho maior):



Bonito o "quadro", não é? Feito de propósito ou foi só uma coincidência na construção?

Aprendi com o tempo a não pensar em coincidências vindas do Egito... Mas, cada um tem um ponto de vista, não é?

Um abraço,

LL.

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