Antes de começar o post propriamente dito, quero fazer algumas observações:
- Não sou e estou longe de ser conhecedor de mitologia, mas gosto muito de ler sobre o assunto. Vou colocar aqui no blog as histórias que eu venha a ler. Portanto, se você que está lendo conhecer uma teoria diferente sobre uma das histórias, for conhecedor do tema e quiser deixar comentários e/ou correções, fique à vontade! Assim o post pode ser enriquecido;
- Os gregos tinham grande conhecimento de Astronomia e muitas constelações, planetas, galáxias, etc, têm seus nomes em homenagem a figuras da mitologia. Então, muitos posts serão, ao mesmo tempo, das séries Mitologia e Espaço.
Observações feitas, vamos ao que interessa: Orion.
Mitologia:
A mitologia grega conta que Orion era um gigante caçador, filho de Poseidon (deus dos mares) com uma mortal e favorito de Ártemis, com quem quase se casou. O irmão de Ártemis, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado. Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos: percebendo que Orion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia. Impecável em sua pontaria, ela atingiu em cheio seu amado (que estava fugindo de um escorpião que Apolo enviou para matá-lo), cujo corpo já moribundo foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo a fatalidade que havia cometido, Ártemis, em meio às lágrimas, pediu para Zeus colocar Orion entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão e com as Plêiades fugindo do caçador. (Em breve farei um post sobre as Plêiades).
Constelação:
A constelação de Orion, se não a mais fácil, é uma das constelações mais fáceis de se ver no céu. As popularmente conhecidas "Três Marias" fazem parte dessa constelação (são o cinturão de Orion).
Encontrando as "Três Marias", encontra-se aconstelação completa facilmente. Elas estão envolvidas por um trapézio formado por quatro estrelas de primeira magnitude: Alfa de Orion (Betelgeuse), de coloração mais avermelhada, representa o ombro direito. Em seguida Gama de Orion (Bellatrix) como o ombro esquerdo. Kapa de Orion (Saiph) é o joelho. A última estrela do trapézio é justamente a que está oposta a Betelgeuse – Beta de Orion (Rigel), uma estrela que também se destaca, representando o pé direito de Orion.
Nebulosa:
A nebulosa de Orion é um dos objetos presentes no céu mais interessantes à observação. Conhecida também como M42 ou NGC 1976, essa nebulosa difusa é uma das mais brilhantes, tanto que numa noite de céu limpo e num local longe de poluição e luz ela chega a ser visível a olho nu. Localizá-la não é difícil – ela se encontra na espada do gigante Orion. Partindo das Três Marias, que é seu cinto, encontra-se a espada logo abaixo.
M42 está a mais 10.000 anos-luz de distância da Terra e é composta principalmente por estrelas jovens e bastante quentes num agrupamento conhecido como o Trapézio. A radiação emitida por essas estrelas excita uma nuvem de gás e poeira que passa a emitir o brilho característico da nebulosa.
Esse foi o primeiro post sobre Mitologia (mesclado com a série Espaço). Espero que tenham gostado.
Um abraço,
LL.
- Não sou e estou longe de ser conhecedor de mitologia, mas gosto muito de ler sobre o assunto. Vou colocar aqui no blog as histórias que eu venha a ler. Portanto, se você que está lendo conhecer uma teoria diferente sobre uma das histórias, for conhecedor do tema e quiser deixar comentários e/ou correções, fique à vontade! Assim o post pode ser enriquecido;
- Os gregos tinham grande conhecimento de Astronomia e muitas constelações, planetas, galáxias, etc, têm seus nomes em homenagem a figuras da mitologia. Então, muitos posts serão, ao mesmo tempo, das séries Mitologia e Espaço.
Observações feitas, vamos ao que interessa: Orion.
Mitologia:
O caçador Orion |
A mitologia grega conta que Orion era um gigante caçador, filho de Poseidon (deus dos mares) com uma mortal e favorito de Ártemis, com quem quase se casou. O irmão de Ártemis, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado. Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos: percebendo que Orion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia. Impecável em sua pontaria, ela atingiu em cheio seu amado (que estava fugindo de um escorpião que Apolo enviou para matá-lo), cujo corpo já moribundo foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo a fatalidade que havia cometido, Ártemis, em meio às lágrimas, pediu para Zeus colocar Orion entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão e com as Plêiades fugindo do caçador. (Em breve farei um post sobre as Plêiades).
Constelação:
A constelação de Orion, se não a mais fácil, é uma das constelações mais fáceis de se ver no céu. As popularmente conhecidas "Três Marias" fazem parte dessa constelação (são o cinturão de Orion).
Encontrando as "Três Marias", encontra-se a
A constelação de Orion e as 4 estrelas citadas acima |
Novamente a constelação mesclada com um desenho do caçador, para melhor visualização |
A nebulosa de Orion é um dos objetos presentes no céu mais interessantes à observação. Conhecida também como M42 ou NGC 1976, essa nebulosa difusa é uma das mais brilhantes, tanto que numa noite de céu limpo e num local longe de poluição e luz ela chega a ser visível a olho nu. Localizá-la não é difícil – ela se encontra na espada do gigante Orion. Partindo das Três Marias, que é seu cinto, encontra-se a espada logo abaixo.
M42 está a mais 10.000 anos-luz de distância da Terra e é composta principalmente por estrelas jovens e bastante quentes num agrupamento conhecido como o Trapézio. A radiação emitida por essas estrelas excita uma nuvem de gás e poeira que passa a emitir o brilho característico da nebulosa.
Foto da Nebulosa de Orion tirada pelo telescópio Hubble |
Um abraço,
LL.