Estou um pouco atrasado, mas tudo bem…
Ontem, 5 de setembro, Freddie Mercury – lendário vocalista do Queen – completaria 65 anos de idade. Se prestarmos atenção no rumo que o rock tem tomado nos últimos anos, chega-se à conclusão de que o cara faz falta!
Quero falar nesse post sobre o vocalista, o personagem Freddie Mercury que ele criou.
Na minha opinião, ele foi o maior vocalista de rock de todos os tempos, tendo como ponto alto a versatilidade, o domínio do falsete e o improviso das linhas vocais ao vivo.
Esses dias, li uma reportagem sobre o autor de uma biografia do Queen (não me lembro nome do autor) e ele dizia que Freddie, fora dos palcos, era fechado e até um pouco tímido, mas que desde o começo da carreira sabia onde queria chegar e todo esse foco e toda pressão que gostaria de descarregar, o fazia nos palcos por trás do personagem que ele criou.
Acho que muitas pessoas não conhecem o Queen dos primeiros anos, primeiros discos. Era uma banda pesada, incrivelmente criativa e em alguns momentos até agressiva. O visual de Freddie na época, chocava.
Abaixo, segue um vídeo do Queen tocando Ogre Battle, música do segundo disco – Queen II. A música é bem pesada e tem o riff de entrada (a primeira parte de guitarra) simétrico. Começa sendo tocado de trás pra frente e depois é tocado normalmente. Se vocês prestarem atenção, vão perceber.
- Versão de estúdio:
- Ao vivo (reparem nas vozes. Ao vivo, idênticas à versão de estúdio. Eu não poderia deixar de comentar):
O Queen não decolou logo nos primeiros álbuns. Até que lançaram A Night At The Opera. Não vou me estender muito sobre esse clássico, porque fiz um post sobre ele. Veja AQUI. Mas vou colocar 2 vídeos que mostram a versatilidade da voz de Freddie Mercury e o absurdo nível de criatividade em que a banda se encontrava nessa época:
- Seaside Rendezvous:
- Love Of My Life (versão de estúdio):
Depois desse disco, o Queen realmente cresceu muito e se tornou uma das maiores bandas da história.
O peso e a agressividade do início da banda foram deixados um pouco de lado. Freddie deixou de compor tantas músicas com piano como antes fazia. Ele dizia que não tocava muito bem…
Muitos hits pop e clássicos do rock foram criados por ele e pela banda e uma característica que Freddie soube desenvolver muito bem foi a de showman. Nos shows do Queen, era possível sentir que ele tinha o público em suas mãos.
Ao lado está uma foto dos últimos dias de Freddie Mercury, já muito abatido pelo tratamento da AIDS.
Antes de terminar o post, vou colocar mais alguns vídeos que exemplificam algumas das coisas ditas aqui:
- One Vision, Wembley 1986: Freddie – showman, contagiando o público com sua energia (lembrando que aqui, ele j[a estava doente)
- Save Me, Montreal – a melhor performance ao vivo, na minha opinião
- Innuendo, 1991 – nessa música, o incrível é ver toda essa potência na voz quando estava terrivelmente doente e gravava suas partes de vocais quando conseguia se levantar da cama. Isso acontecia em um dia, logo depois passava mais vários dias deitado sem condições de levantar. E assim, a gravação do disco Innuendo foi se “arrastando” até Freddie conseguir terminar de fazer suas partes. Mas, ouvindo o resultado, não dá par dizer que ele estava ssim, não é?
Rock Star!
Um abraço,
LL.
